Com o avançar da idade, é comum ocorrer uma diminuição na capacidade auditiva, tanto em termos de sensibilidade aos sons quanto na habilidade de processá-los adequadamente. Além disso, a perda auditiva pode ter sérias implicações sociais, emocionais e cognitivas, afetando a qualidade de vida dos idosos.
Muitas famílias, por acharem que a perda auditiva é parte natural do envelhecimento, deixam de tratar o problema, o que não é aconselhado. Com o tempo a perda tende a se agravar, o que aumenta os impactos negativos no estilo de vida do idoso. Ao ouvir menos, a pessoa perde parte da cognição, se comunica menos, participa pouco da vida social e familiar e isso pode acelerar quadros de demência ou até levar à depressão e perda de equilíbrio. Por isso, é vital que os familiares façam o diagnóstico correto da perda auditiva com exames recorrentes, como a audiometria, e sigam com o tratamento sob supervisão de um fonoaudiólogo.
Investir em estratégias para aprimorar as habilidades auditivas é fundamental para promover um envelhecimento saudável e uma melhor qualidade de vida. O
Treinamento Auditivo
surge como uma abordagem eficaz para atingir esse objetivo. Por meio de exercícios específicos, o treinamento auditivo visa estimular as habilidades auditivas, incluindo a discriminação de sons, a concentração na fala e a memória auditiva.Essa terapia auditiva é especialmente eficaz em casos onde, mesmo com o uso de aparelhos, por exemplo, a pessoa continua com dificuldade para compreender melhor a conversa, de entender as pessoas na rua ou durante uma festa. Ou ainda, quando há dificuldade em identificar alguns sons e sua origem adequadamente. Nesse sentido, o treinamento auditivo melhora a habilidade de ouvir, treinando o cérebro para reaprender a ouvir.
Como é o Treinamento Auditivo Quando os resultados da avaliação do processamento auditivo central forem abaixo dos padrões de normalidade, o paciente deve realizar um processo de reabilitação auditiva.
Uma das estratégias de reabilitação auditiva é o
treinamento auditivo Higienópolis
, na Fonotom, que consiste na estimulação das habilidades auditivas por meio de exercícios realizados na Clínica e em casa.É como um treinamento intensivo, que estimula as capacidades cognitivas do cérebro ligadas com a audição. Estes exercícios podem incluir:
Discriminação de Sons: Exercícios que envolvem a diferenciação entre sons com diferentes frequências e intensidades, ajudando os idosos a melhorar sua capacidade de discernir entre sons similares.
Concentração na Fala: Atividades que exigem que os idosos se concentrem na fala de uma pessoa enquanto são expostos a ruídos de fundo, simulando situações da vida real em ambientes ruidosos.
Memorização de Sequências Sonoras: Exercícios projetados para melhorar a memória auditiva, ajudando os idosos a lembrar e reconhecer padrões sonoros.
Benefícios do Treinamento Auditivo em Idosos: O treinamento auditivo oferece uma série de benefícios para os idosos, incluindo:
Melhoria na Compreensão da Fala: Ao ouvir melhor e em detalhes os idosos conseguem compreender melhor a fala em diversas situações.
Aumento da Segurança Pessoal: A capacidade de localizar e identificar sons de alerta, como buzinas de carros, pode aumentar a segurança pessoal dos idosos em ambientes urbanos. Ouvir bem melhora nossa noção espacial.
Redução do Isolamento Social: Ao melhorar a comunicação verbal, o treinamento auditivo pode ajudar os idosos a se sentirem mais conectados e engajados em suas interações sociais. Eles podem participar de festas, conversas e ouvir a TV, se conectando ao mundo novamente.
Treinamento auditivo São Paulo
pode ser realizado em pessoas que escutam bem ou com perda auditiva. Os estudos sugerem que os indivíduos após o processo de seleção e adaptação das próteses auditivas realizem algum tipo de treinamento auditivo.Na Fonotom, o treinamento é realizado em ambiente acusticamente controlado, dentro de sala acústica, com audiômetro de dois canais e campo livre. O programa tem de 8 a 14 sessões com duração de 30 a 45 minutos cada, realizadas no mínimo uma vez por semana, além de exercícios diários que devem ser feitos em casa.
Para dar início ao treinamento auditivo, é preciso da Avaliação do Processamento Auditivo, incluindo a Avaliação Audiológica completa e recente, composta por Audiometria Tonal, Logoaudiometria e Imitanciometria.
Integrando o Treinamento Auditivo ao uso de Aparelhos Auditivos É importante destacar que o treinamento auditivo funciona como um complemento ao uso de aparelhos auditivos. Enquanto os aparelhos auditivos amplificam os sons, o treinamento auditivo trabalha para melhorar a capacidade do cérebro de processar esses sons de forma eficiente. Portanto, a combinação de ambos pode resultar em uma experiência auditiva mais satisfatória e completa, principalmente em ambientes com ruído.
O treinamento auditivo ajuda os pacientes a se adaptarem mais rapidamente aos aparelhos auditivos, especialmente se estiverem enfrentando dificuldades iniciais devido à sua perda auditiva ou à utilização de tecnologia auditiva pela primeira vez. A técnica ajuda os pacientes a aprender a processar os sons de forma mais eficiente, reduzindo o esforço auditivo necessário para entender a fala e acompanhar as conversas. Isso pode diminuir a fadiga auditiva e melhorar o conforto durante as interações sociais.
Mais importante que tudo, o treinamento auditivo estimula a plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar em resposta à estimulação captada pelo uso dos aparelhos auditivos. Isso é importante para manter a saúde auditiva e cognitiva ao longo do tempo, especialmente em pacientes mais velhos.
Diante do envelhecimento da população e dos desafios associados à perda auditiva, o treinamento auditivo emerge como uma ferramenta valiosa para melhorar a qualidade de vida dos idosos. Ao estimular e fortalecer as habilidades auditivas, o treinamento auditivo pode complementar os benefícios dos aparelhos auditivos, proporcionando uma audição mais eficiente e uma comunicação mais eficaz.
Nada melhor que compreender melhor a conversa com aqueles que gostamos não é mesmo?