Triagem auditiva: entenda a importância de avaliar a audição infantil

Bebês devem ter a audição monitorada desde cedo, independente do resultado da triagem auditiva ao nascimento. O teste da orelhinha normalmente é realizado com emissões otoacústicas.

triagem auditiva Desde 2010 é determinado por lei que todas os recém-nascidos façam a triagem auditiva neonatal, popularmente conhecido como teste da orelhinha. No Brasil, o exame é realizado por um fonoaudiólogo, geralmente, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. É um teste rápido, indolor, avalia o funcionamento da cóclea (órgão da audição) e pode ser realizado com o bebê dormindo. Apesar de rápido, é muito eficiente na detecção de perdas auditivas em neonatos, que podem ocorrer em 3 a cada 1000 bebês nascidos.

Com esse teste temos dois possíveis resultados: passou ou falhou. Se o bebê passar na triagem auditiva, deve ser monitorado pelo desenvolvimento de fala e linguagem e realizar uma primeira avaliação audiológica entre 2 e três anos de idade e outra antes do período de alfabetização, entre 6 e 7 anos de idade. Esse acompanhamento deve ocorrer para as crianças que não apresentam fatores de risco para alteração auditiva. Se houver algum fator de risco: infecções congênitas, histórico familiar de perda auditiva permanente, alterações genéticas, permanência em UTI neonatal superior a 5 dias, entre outros, o bebê deve ser acompanhado com testes auditivos até os três anos de idade e depois seguir o monitoramento conforme o fator de risco.

Se o bebê falhar na triagem auditiva, pode ser decorrente de acúmulo de líquido e/ou presença de vérnix na orelha, mas também pode indicar uma alteração auditiva. Quando há um resultado negativo, esse teste é repetido na própria maternidade ou em um serviço especializado após 15 dias da falha.

No dia do reteste é importante comparecer com o resultado da triagem auditiva neonatal, se o resultado for “passa” a orientação é a mesma para os bebês que passaram na triagem auditiva inicial, se o resultado for “falha” é necessário o encaminhamento para o diagnóstico audiológico onde serão realizados vários testes auditivos para confirmar o status auditivo do bebê.

Na avaliação audiológica diagnóstica, se confirmada a perda auditiva, a criança deve ser encaminhada para a reabilitação auditiva, preferencialmente antes dos 6 meses de vida. “Quanto mais cedo for identificada qualquer deficiência auditiva na criança, maiores as chances de uma reabilitação de sucesso. Da mesma forma, os impactos na linguagem também serão minimizados” – explica a fonoaudióloga Andréa Soares, da FONOTOM.

Teste da orelhinha com com timpanometria de banda larga e emissões otoacústicas Em casos de alterações nos resultados do teste da orelhinha, existem alguns exames mais sofisticados capazes de evitar resultados falsos negativos. A FONOTOM utiliza a tecnologia do TITAN, da Interacoustics. Ele é um equipamento que faz as emissões otoacústicas juntamente com a timpanometria, permitindo um diagnóstico mais completo e preciso.

As crianças que possuem qualquer tipo de fator de risco como os listados acima, devem manter uma rotina de checagem audiológica e acompanhamento constante, realizando exames como a audiometria, a imitanciometria e as emissões otoacústicas. “Por isso é tão importante realizar avaliação audiológica em caso de alteração. Os pais devem monitorar a audição nos primeiros meses de vida da criança, pois essa é a melhor época para realizar qualquer intervenção que ajude a tratar problemas auditivos” – completa a fonoaudióloga Dra Adriana Andrade, da FONOTOM.

Alguns sinais podem ajudar pais e educadores a identificar problemas auditivos na criança. Se você chama seu bebê pelo nome, deixa cair algo por perto ou faz qualquer tipo de ruído e ele não reage até os 3 meses de idade, procure um especialista. Por volta dos 6 meses, além de reconhecer a voz dos pais e das pessoas mais próximas, já procura de onde vem o som e se interessa por brinquedos sonoros. O bebê já deve emitir sons  como balbuciar palavras, como aquele "ma-ma", "da-da", "ne-ne", que as crianças dizem como se estivesse conversando e que fazem os pais tão felizes.
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