Hipersensibilidade auditiva na infância: quando ouvir se torna um desconforto
Perda de audição e desequilíbrio do idoso são uma das maiores queixas na velhice.
Você sabia que a função do ouvido não é apenas escutar? O ouvido é também o órgão responsável pelo equilíbrio corporal.
Os nossos ouvidos têm a capacidade de converter, na cóclea, ondas sonoras em impulsos nervosos que serão discriminados no cérebro. Além disso, o ouvido auxilia o cérebro a interpretar os movimentos do corpo, por meio do Sistema Vestibular, localizado no labirinto (parte interna do ouvido).
Muito se fala sobre perda auditiva no envelhecimento, mas pouco se fala sobre o desequilíbrio do idoso.
Segundo a OMS existem mais de 165 milhões de pessoas com perda auditiva com idade acima de 65 anos e a expectativa é que uma a cada quatro pessoas tenham algum grau de perda auditiva em 2050. A perda auditiva pode ser parcial, fazendo com que o paciente consiga ouvir o que as pessoas dizem mas não compreender corretamente, é o conhecido “escuto mas não entendo". Hoje sabemos do impacto da perda auditiva nas habilidades cognitivas como memória e atenção e a importância da adaptação da prótese auditiva nesses casos.
Mas e a tontura? É importante considerar que tontura e o desequilíbrio é outro sintoma muito comum na população idosa. Em estudo brasileiro, foi encontrada alta prevalência de tontura nesta população.
Muitos estudos também apresentam a relação de perda auditiva e tontura no idoso. O desequilíbrio corporal e a perda auditiva podem estar associados a diversas patologias, no entanto são mais comuns no envelhecimento e reduzem a qualidade de vida do idoso.
Na maioria dos casos, o desequilíbrio não pode ser atribuído a uma causa específica, mas estudos demonstram que no envelhecimento as funções do labirinto são afetadas e começam a falhar e, com isso, não consegue enviar as informações corretas, fazendo com que o cérebro não possa interpretá-las direito.
Embora faça parte do envelhecimento, o desequilíbrio pode trazer consequências que arriscam a saúde do idoso. A dificuldade de locomoção causada pelas tonturas pode provocar fraturas difíceis de serem recuperadas e consequente hospitalização.
O desequilíbrio e a perda auditiva podem limitar a autonomia do idoso. Como a audição e o equilíbrio estão sempre conectadas, em casos de tontura o médico solicita uma avaliação audiológica para saber como está a audição do paciente. Mas, associado a audiometria tonal e vocal, o médico pode solicitar também o exame otoneurológico completo. Este exame avaliará o sistema vestibular do paciente com queixa de tontura.
Estudos demonstram que a mortalidade em um ano de idosos após hospitalização por fratura decorrente de queda foi de 25,2% e de 4% para idosos sem fratura grave.
As quedas podem ser evitadas a partir do diagnóstico e tratamento do desequilíbrio. Pesquisas demonstram a eficácia da terapia de reabilitação vestibular do idoso, para promover maior autonomia, minimizar o risco de quedas e aumentar a qualidade de vida do paciente.
Ao perceber sinais de perda de audição, dificuldade de escutar ou desequilíbrio no idoso é muito importante procurar um médico otorrinolaringologista que, ao realizar exames clínicos, juntamente com a avaliação audiológica e otoneurológico completa poderá diagnosticar o problema e indicar o tratamento mais adequado, entre eles a terapia de Reabilitação Vestibular feita na FONOTOM.