Saiba para que serve o exame otoneurológico

Seu médico solicitou um exame otoneurológico e bateu insegurança.

Não se preocupe que a gente te explica tudo.



É seguro fazer exame de otoneuro durante a pandemia?


Antes de tudo, pode se despreocupar. O exame otoneurológico é relativamente simples e indolor. No Brasil, ele recebe também outros nomes, como eletro-oculografia (EOG), eletro nistagmografia (ENG),  vecto eletro nistagmografia (VENG) ou ainda a videonistagmografia (VNG). Mas o que esses nomes complicados querem dizer? A gente explica!

O exame otoneurológico é uma avaliação complementar para ao diagnóstico de labirintopatias, popularmente conhecidas como “labirintite”. Labirintite é o nome popular que se dá a todos os transtornos do labirinto, uma estrutura interna do ouvido composta pela cóclea (imprescindível para a nossa audição), pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares (que têm papel na manutenção do nosso equilíbrio).

Quando há um distúrbio nessas estruturas internas, podemos sentir sintomas como tonturas, vertigens, náuseas, desequilíbrio, e até mesmo queixas auditivas como zumbido, sensação de ouvido tampado e dificuldades para ouvir. Apesar de o termo labirintite dar a ideia que existe um processo inflamatório (o sufixo “ite” sugere inflamação), nem sempre o que compromete o labirinto envolve processos inflamatórios.

Quais as causas da labirintite? Eis uma pergunta difícil de responder, uma vez que existe uma lista enorme de causas para o problema. Além das inflamações no interior do ouvido, problemas como estresse, tumores, infecções virais, doenças circulatórias.

As crises de labirintite podem durar minutos ou até horas. Há casos de crises que chegam a durar dias, e a intensidade dos sintomas varia muito.  O problema é que a doença pode ser incapacitante quando as crises são frequentes e pode causar problemas mais sérios, como quedas e acidentes.

Ao primeiro sinal de qualquer um desses sintomas é importante buscar ajuda médica. O otorrinolaringologista faz uma avaliação clínica geral do paciente e encaminha a melhor conduta e os exames necessários para aprofundar o diagnóstico.

Como é o exame otoneurológico? Entre as estratégias para detectar doenças do labirinto está, justamente, o exame otoneurológico. onde avaliamos a função do labirinto com diversos estímulos e movimentos de olhos, cabeça e corpo. O exame tem duração média de uma hora e é feito com eletrodos que são colocados na região dos olhos e da testa, ou óculos com câmeras infravermelhas no caso da videonistagmografia, que registram as respostas dos testes realizados.

Esses mesmos eletrodos registram o movimento dos olhos do paciente ao fazer certos movimentos, ou acompanhar com os olhos um pêndulo. Para completar o exame otoneurológico, é realizada a prova calórica, onde é estimulado o ouvido do paciente com fluxo de ar quente e frio que permite avaliar a função do labirinto.

Todas as informações são registradas no computador e são analisadas pelo fonoaudiólogo, o profissional habilitado para realizar esse tipo de exame. Ele quem vai orientar o paciente sobre os resultados e descrever tudo em um laudo que será analisado pelo médico.

É um exame simples. “Dentre todas as etapas, a prova calórica é a que mais estimula o labirinto e  pode provocar tontura no momento do exame. Por isso, é recomendado comparecer ao exame junto a um acompanhante e não marcar nenhum compromisso importante para o mesmo dia” – explica o fonoaudiólogo Cleiton Fortes, da FONOTOM.  É importante evitar o uso de maquiagem, para evitar interferências na medição dos eletrodos e consultar ao seu médico sobre a necessidade de interromper o uso de algum medicamento, que possa influenciar nos resultados.

Labirintite tem cura? Muitas vezes, ela pode ser curada. Para isso, é importante ter o diagnóstico certo, controlar eventuais fatores de risco e remediá-la adequadamente. Há, inclusive, a possibilidade de recorrer a reabilitação do labirinto, com exercícios direcionados que muitas vezes podem dispensar o uso de medicação.

Apesar de ter tratamento e poder ser curada, os estragos causados pela labirintite podem ser permanentes. Quanto mais tempo ela demorar em ser diagnosticada e tratada, maior a chance de ela causar danos irreversíveis na audição.

Por isso, não perca tempo e consulte um médico. Para agendar seu exame na FONOTOM, clique aqui!
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