Audição e envelhecimento. Qual a relação?

Com o envelhecimento é natural que ocorra perda de audição. Envelhecer é um processo contínuo e gradual de alterações naturais no organismo que começam na idade adulta. O organismo. aos poucos, fica mais lento em suas reações, apresentando uma diminuição da capacidade funcional.

envelhecimento surdez Entre as mudanças que acontecem no organismo podemos observar a perda da audição e do equilíbrio na velhice. A perda auditiva decorrente do envelhecimento chamamos de presbiacusia, além de fatores externos como exposição ao ruído ao longo da vida, acúmulo de cera ou diabetes, a sua principal causa é a hereditariedade.

Com o passar dos anos é natural que nosso corpo apresente queda na audição. Como essa perda ocorre gradualmente, a maioria das pessoas não percebe que está com dificuldades para escutar. Os principais sintomas da perda de audição na pessoa idosa  são zumbido, dificuldade de entender a fala, precisar aumentar o volume da televisão, desconforto a sons fortes e tontura.

É comum que a os parentes próximos percebam a  dificuldade para escutar antes mesmo que o idoso.  Neste processo de perda de audição no envelhecimento a compreensão dos familiares é essencial para garantir uma boa comunicação. Além da falta de audição, o idoso também pode apresentar lentidão no pensamento e desconforto no ruído.  Algumas atitudes como falar de frente, mais devagar; de forma bem articulada e sem gritar irão garantir a qualidade da compreensão da fala.


O que fazer para minimizar os efeitos da perda auditiva na velhice? Ao perceber dificuldade para entender o que as pessoas falam, escutar mas não entender, o primeiro passo é realizar uma avaliação audiológica com um exame de audiometria. Confirmando a perda auditiva, na maioria dos casos, é indicado o uso de aparelhos auditivos.

É importante que estes aparelhos sejam adaptados por um fonoaudiólogo. Vale ressaltar que a adaptação dos aparelhos auditivos é bem diferente da adaptação dos óculos, mas com a ajuda de um profissional é possível escolher o melhor aparelho auditivo para o seu caso. envelhecimento surdez

Muitos estudos já demonstram a relação entre perda auditiva e demência. A perda auditiva provoca mudanças no funcionamento do cérebro, tanto em áreas auditivas quanto em áreas não auditivas. Sendo assim, a privação sensorial poderia ser um dos fatores que aumenta o risco de um indivíduo desenvolver demência. A OMS estima que até 2050, uma em cada 4 pessoas terão algum grau de perda auditiva.

Em 2020, a importante revista The Lancet publicou um relatório sobre prevenção, intervenção e cuidado da demência. Segundo o artigo, indivíduos com perda auditiva adquirida entre 45 e 65 anos tem 1,9 vezes mais chance de desenvolver o processo de demência do que pessoas sem perda de audição. Este documento lista o uso de aparelhos auditivos entre os fatores que podem prevenir ou retardar o surgimento da demência.

Viver por mais tempo é um desejo que todos têm e, acima de tudo, viver com saúde e qualidade. O uso de aparelhos auditivos é uma importante ferramenta para melhorar a comunicação em família, minimizar a percepção do zumbido e melhorar a qualidade de vida.

Ao menor sinal de perda auditiva não deixe de fazer uma avaliação audiológica e melhorar sua qualidade de vida.
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