Você sente zumbido no ouvido? Saiba quais as causas e tratamentos

Cerca de 90% dos pacientes que apresentam zumbido, tem algum grau de perda auditiva e o problema impacta diretamente na qualidade de vida.

perda auditiva unilateral De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 20% da população mundial tem algum grau de deficiência auditiva ou sofre com zumbido. No Brasil, são cerca de 28 milhões de pessoas. O zumbido (também chamado de tinnitus) é um barulho persistente, que pode afetar o sono, a concentração e a qualidade de vida. Muitos pacientes procuram atendimento psiquiátrico achando se tratar de alucinações. No entanto, tais chiados são bem comuns, principalmente nos pacientes idosos e naqueles que apresentam algum grau de perda auditiva.

O zumbido pode ser na cabeça, em uma das orelhas ou nas duas. Existem vários “tipos” de barulho, como um apito, chiado, panela de pressão, cachoeira ou até o zunido de uma abelha. Independente do relato, o barulho constante pode ser o sinal de que algo não está bem no nosso organismo. Infelizmente, por ser um sintoma difícil de ser detectado por exames, na maior parte das vezes, o zumbido precisa ser relatado pelo paciente para que possa ser tratado. Muitas pessoas simplesmente deixam de buscar ajuda especializada e apenas se acostumam ao zunzum constante nos ouvidos.

Nos últimos anos, o zumbido vem se tornando mais comum por uma série de fatores que incluem uma maior exposição a ruído (baladas e fones de ouvido) e a ondas eletromagnéticas (celulares e bluetooth). Há ainda os erros alimentares, como jejum prolongado, dietas da moda, abuso de cafeína e doces. Por fim, o aumento do estresse, provocado pela rotina acelerada por motivos de trabalho.

E a noite?  Todos percebem uma piora significativa do zumbido na hora de dormir. Isso acontece porque este é o momento de maior silêncio do dia, sendo assim, o apito no ouvido fica mais nítido. Mas você sabia que há muito o que fazer para ,inimizar este desconforto e melhorar seu sono?

Causas do Zumbido< As causas do zumbido podem estar relacionadas às mais diversas naturezas. Desde doenças cardiovasculares até desvios de coluna. Entre as causas mais comuns do zumbido estão: problemas vasculares, diabetes, alterações cardíacas e hormonais, problemas metabólicos, alterações musculares na região de cabeça e pescoço, além das deformações odontológicas. O problema também pode surgir em casos de problemas na mandíbula, lesões sensoriais, insônia e dietas inadequadas.

O problema também pode ser consequência do acúmulo de cera, de resfriados, uma otite mal curada, depressão, ansiedade ou exposição a sons fortes ou intensos. Outra causa comum vem do próprio envelhecimento, mas vale ressaltar que o zumbido pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças e adolescentes. Tratamentos oncológicos e o uso de certas medicações como antibióticos, também podem estar relacionados ao zumbido.

“Ao menor sinal de zumbido, a pessoa não deve esperar e precisa buscar ajuda do médico otorrinolaringologista, que vai indicar o melhor tratamento e os exames a serem realizados” – explica a fonoaudióloga Andrea Soares, da FONOTOM. Muitas vezes o problema pode ser resolvido ajustando os fatores que causam o zumbido e devolvendo a tranquilidade ao paciente. Alimentar-se bem, praticar exercícios e evitar poluição sonora podem ajudar a controlar o problema. Mas é importante lembrar que o zumbido pode ter relação direta com a perda auditiva e, por isso, precisa ser investigado por um especialista.

O otorrino vai analisar o paciente, por meio de um diagnóstico que engloba vários exames. Entre eles estão a audiometria e a acufenometria, que são realizados e interpretados pelo fonoaudiólogo. A audiometria analisa o grau de audição nos dois ouvidos. Já a acufenometria busca identificar como é o zumbido do paciente em relação a frequência e o volume desse apito no ouvido.

Zumbido tem cura? Sim. Em muitos casos o zumbido pode ser tratado com medicamentos, mudança de hábitos e terapia sonora. O gerador de som é uma terapia que consiste em fornecer sons adicionais, nos quais os ouvidos devem focar, para assim o zumbido se tornar menos perceptível. É como se quiséssemos distrair o cérebro para prestar atenção em outra coisa e não no zumbido. Em alguns casos pode ser necessário o uso de aparelhos auditivos. O fonoaudiólogo é o responsável por avaliar, acompanhar, tratar ou adaptar o aparelho auditivo para minimizar ao máximo os ruídos e dar mais conforto ao paciente.

Independente dos motivos que levam ao zumbido é fundamental entender suas causas e tratar o problema, o que garante uma saúde equilibrada, mais disposição e melhora do sono.

Muitas vezes, com alguns pequenos ajustes, o paciente tem grandes ganhos no bem-estar e o problema pode ser solucionado. Procure seu médico!
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