Hipersensibilidade auditiva na infância: quando ouvir se torna um desconforto
O teste da orelhinha, como é conhecido o exame de emissões otoacústicas, é indicado para completar a avaliação audiológica do bebê e criança pequena. É um exame rápido, indolor e que não depende da resposta do paciente. Pode ser realizado com o bebê dormindo ou acordado.
A perda auditiva em crianças é um problema silencioso, com repercussões graves no desenvolvimento da fala, cognitivo e educacional. Quanto mais cedo se diagnostica a surdez e mais brevemente se trata o problema, melhor o prognóstico.
O Joint Committee on Infant Hearing recomendou no documento de 2019 que todos os bebês devem ser submetidos a triagem auditiva antes da alta da maternidade ou até no máximo um mês de idade, usando medidas fisiológicas para determinação objetiva do resultado.
Bebês que falharam na triagem inicial e no reteste devem ser encaminhados para o diagnóstico audiológico até 3 meses de idade. Se confirmada a perda auditiva, a intervenção deve ter inicio até os 6 meses de vida.
A Avaliação com Emissões Otoacústicas Evocadas é indicada para complementar a avaliação comportamental com um exame objetivo, ou seja, que independe da resposta da criança.
Quando falamos de avaliação audiológica de crianças pequenas é importante pensarmos no princípio do cross-check, para garantir um diagnóstico audiológic preciso.
Mas o que é isso? O cross-check consiste na confirmação dos resultados obtidos nos testes eletroacústicos, eletrofisiológicos e comportamentais, que são independentes entre si.
Fique atento todos os bebês e crianças independente do resultado da triagem auditiva devem ser monitorados observando o desenvolvimento de fala e linguagem. Não deixe de seguir às recomendações do fonoaudiólogo na alta hospitalar e se suspeitar de alguma alteração auditiva, peça para o médico encaminhar para uma avaliação audiológica.
