Como lidar com a perda auditiva de um familiar

Muitos se perguntam como lidar com a perda auditiva de uma pessoa querida. A perda auditiva de um familiar leva a mudanças na rotina de todos, mas com os cuidados certos, é possível garantir o bem-estar e a inclusão do paciente.

como lidar com a perda auditiva A perda auditiva é uma condição que afeta não apenas o indivíduo que a vivencia, mas também sua família e entes queridos. A incapacidade de ouvir plenamente pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, interferindo nas interações sociais, no desempenho acadêmico ou profissional e até mesmo na saúde mental. E não pense que a condição afeta apenas idosos, ela pode se manifestar em qualquer idade, inclusive na infância. Por esta razão, os fonoaudiólogos da Fonotom, decidiram explorar os impactos da perda auditiva na família.

A perda auditiva pode variar de leve a profunda e pode ser causada por diversos fatores, incluindo genética, exposição a ruídos altos, envelhecimento ou condições médicas. Muitas vezes, em crianças, otites de repetição ou o uso de medicamentos podem levar a perda auditiva. Não é incomum que os pais e educadores demorem a identificar os sintomas, o que leva a impactos significativos no desenvolvimento cognitivo, comportamental, social e de linguagem da criança. Afinal, se trata de um cérebro em formação e a audição é essencial para a adequada interação da criança com o mundo que a cerca. Por isso, quanto antes os pais tratarem o problema, menores os impactos futuros para os filhos.

Idosos também merecem atenção, já que a perda auditiva costuma ser comum em idades avançadas. No entanto, a família naturaliza a perda auditiva, como uma consequência do tempo que não precisa ser tratada. Essa abordagem não é indicada, uma vez que ao ouvir mal o idoso pode desenvolver isolamento social, depressão, ansiedade, irritabilidade, distúrbios do sono e até demência. Por isso, mesmo os idosos devem receber tratamento adequado, visando preservar sua qualidade de vida na velhice.

Por resultar em isolamento social, dificuldades de comunicação, depressão e ansiedade, os efeitos da perda auditiva podem ser igualmente significativos na dinâmica familiar.

A dificuldade em ouvir pode levar a barreiras na comunicação entre o paciente e os membros da família, causando frustração e mal-entendidos frequentes. Um relato comum é o famoso “escuto, mas não entendo”. A pessoa pede para repetir a mesma frase repetidas vezes ou aumenta demasiadamente o volume de aparelhos sonoros. Esse fato pode criar tensões dentro da família, gerando sentimentos de incompreensão ou exclusão.

Com o passar do tempo o paciente pode se sentir retraído de atividades sociais devido à dificuldade em acompanhar conversas ou em ambientes ruidosos. É isso que causa o declínio na saúde mental que leva a problemas psicológicos já citados, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.

Estratégias para Melhorar a Vida do Paciente com surdez A família desempenha um papel crucial no apoio ao paciente para lidar com a perda auditiva. Existem várias estratégias que podem ser adotadas para melhorar a qualidade de vida do paciente e promover uma dinâmica familiar mais saudável.

Educação e Conscientização: É fundamental que a família se eduque sobre a perda auditiva, seus diferentes graus e as opções de tratamento disponíveis. Isso ajuda a compreender as necessidades do paciente e a promover empatia. Por isso, é vital buscar ajuda de um fonoaudiólogo, especialista em saúde auditiva para diagnosticar e acompanhar o paciente, ajustando o tratamento quando necessário, assim que surgirem os primeiros sinais de dificuldades para ouvir.

Comunicação Eficaz: Ao conversar com o paciente, procure sempre falar claramente, manter contato visual e reduzir o ruído ambiente. A família pode aprender técnicas de comunicação, como preferir conversar em ambientes iluminados permitindo a leitura labial. falar pausadamente e articulando bem as sílabas.

Adoção de Tecnologia Assistiva: Dispositivos como aparelhos auditivos ou implantes cocleares podem ser de grande ajuda para devolver o bem-estar ao paciente. A família deve buscar um fonoaudiólogo para realizar os exames e indicar o equipamento adequado para cada caso. Esse é o profissional certo para realizar os ajustes necessários dos dispositivos, manter a manutenção em dia e orientar sobre o uso para tirar o máximo do dispositivo, apoiando o paciente na utilização e manutenção desses equipamentos.

Modificação do Ambiente: Reduzir o ruído em casa, optar por dispositivos vibratórios ou sistemas de alerta visual para notificações sonoras, contribuem para a inclusão do paciente nas atividades familiares. Isso inclui o uso de legendas, tanto em casa como na escola e outras atividades.

Suporte Psicológico e Social: Encorajar o paciente a buscar suporte emocional através de grupos de apoio ou terapia pode ser muito benéfico. Isso ajuda na integração e aumenta a participação da pessoa em atividades sociais e na adesão ao tratamento.

Inclusão em Atividades Familiares: Garantir que o paciente se sinta incluído em todas as atividades familiares, adaptando-as conforme necessário para facilitar sua participação. É essencial entender que a perda auditiva não é um impeditivo para aprender, participar de atividades esportivas, trabalhar ou viajar. Com o tratamento correto, a condição pode ser superada e o paciente pode desfrutar de uma vida plena e feliz.

A perda de audição pode ser desafiadora para o paciente e sua família, mas com apoio e compreensão mútuos, é possível lidar com a perda auditiva de forma positiva. Ao implementar essas estratégias, a família pode fortalecer os laços e criar um ambiente acolhedor e inclusivo para o paciente, permitindo que ele participe ativamente da vida familiar e da sociedade, apesar dos desafios impostos pela perda auditiva.
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