Herpes Zoster e Perda Auditiva: qual a relação?
O Transtorno de Processamento Auditivo Central pode impactar a habilidade e trazer dificuldade de aprender idiomas, dificultando a compreensão auditiva e o desenvolvimento linguístico, mas com diagnóstico e tratamento adequados, é possível superar esses desafios.
O Transtorno de Processamento Auditivo Central, conhecido por PAC, é uma condição que interfere diretamente na forma como o cérebro processa as informações auditivas recebidas, afetando, entre outras áreas, o aprendizado de novos idiomas. Esta dificuldade pode gerar frustrações e grandes impactos emocionais e sociais profundos, como relatado por pessoas que sofrem com essa condição, incluindo sentimentos de incompetência e baixa autoestima. Geralmente as pessoas acreditam que não estão se dedicando suficientemente aos estudos ou que possuem uma certa dificuldade natural com o idioma quando, na verdade, o problema pode estar relacionado com a audição. Entender o PAC, suas implicações no aprendizado e as opções de tratamento é fundamental para ajudar as pessoas a superarem esses desafios.
O que é o Transtorno de Processamento Auditivo Central?
O PAC é um transtorno que afeta as habilidades auditivas que permitem ao cérebro interpretar corretamente os sons captados pelo ouvido. Embora o ouvido funcione normalmente, ou seja, não há perda auditiva, o problema ocorre na forma como o cérebro processa essas informações, dificultando a compreensão do que é ouvido, especialmente em ambientes com muitos ruídos competitivos ou quando há várias pessoas falando ao mesmo tempo.
O cérebro realiza várias operações em frações de segundos para que possamos compreender o som, como discriminar a informação importante do que é ruído, reconhecer sons familiares e associá-los à memória. O PAC prejudica essas operações, resultando em dificuldades significativas para entender sons e a linguagem como um todo.
Uma das áreas afetadas pelos indivíduos que tem o Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC) é a capacidade de aprender e reter novos idiomas. Pessoas com TPAC enfrentam desafios com a memorização de palavras, a discriminação de sons de palavras parecidas e a compreensão de frases em situações de ruído ou em diferentes contextos de fala.
Isso pode levar a uma dificuldade de memorizar e aprender determinadas palavras, afetando a pronúncia e a aquisição de vocabulário, essenciais para aprender um novo idioma. Com isso, a pessoa pode se sentir incapaz e frequentemente interpreta suas dificuldades como uma falta de inteligência ou habilidade, o que pode prejudicar sua autoestima e motivação para continuar o aprendizado.
Em situações com múltiplos estímulos auditivos, como reuniões, festas ou locais com música alta, o TPAC dificulta mais ainda a capacidade de concentrar-se em um único interlocutor. Isso afeta diretamente a aprendizagem de línguas estrangeiras, que exige foco e precisão na identificação de sons e palavras, principalmente se for considerar o ruído competitivo. Por exemplo, no caso de uma sala de aula ou em um evento em que a pessoa precise usar o idioma ou entender o que está sendo dito, ela pode não conseguir focar sua atenção e decodificar os sons, tornando a fala incompreensível.
Como é o diagnóstico do Transtorno de Processamento Auditivo Central?
O diagnóstico do PAC é feito por meio de uma avaliação fonoaudiológica especializada, que inclui uma série de testes auditivos. Entre os exames mais comuns estão testes que verificam a habilidade de identificar, e discriminar, reconhecer e compreender sons em diferentes ambientes e sob várias condições de ruído competitivo.
Exames como o PEATE ou BERA, apesar de não serem específicos para PAC, podem ser realizados para verificar a integridade das vias auditivas do cérebro. Ele analisa a resposta elétrica do cérebro aos estímulos sonoros e ajuda a detectar se o problema auditivo é neurológico ou puramente auditivo.
Embora o PAC possa apresentar desafios, existem intervenções e tratamentos eficazes para ajudar a melhorar o desenvolvimento das habilidades auditivas e facilitar o aprendizado de idiomas. O tratamento principal é o treinamento auditivo acusticamente controlado, que visa melhorar a capacidade do cérebro de processar os sons com mais eficiência.
Este treinamento pode ser feito de forma clínica, com o uso de exercícios auditivos controlados, e/ou por meio de plataformas digitais, que oferecem uma série de atividades para estimular as habilidades auditivas, memória e foco por meio do treinamento computadorizado. Essas atividades envolvem a exposição a sons em ambientes ruidosos e exercícios que exigem que o paciente identifique e se concentre em sons específicos. Essas terapias intervenções devem ser indicadas e supervisionadas por um fonoaudiólogo e exigem exames recorrentes para o controle da condição.
O profissional pode orientar o paciente em exercícios que variam em grau de dificuldade acompanhar o progresso a cada sessão realizada. O desenvolvimento dessas habilidades não só facilita o aprendizado de idiomas, como também melhora a capacidade de comunicação em ambientes ruidosos, a memorização e até a interpretação de textos.
A dificuldade de aprender idiomas pode ter consequências amplas. Além dos impactos emocionais e sociais, a incapacidade de desenvolver essa habilidade pode limitar oportunidades profissionais e acadêmicas, especialmente em um mundo globalizado onde o domínio de outras línguas é valorizado e requisitado.
Apesar da dificuldade de aprender idiomas, o diagnóstico precoce do TPAC e o tratamento adequado podem ajudar os indivíduos a desenvolverem suas habilidades auditivas e superarem os desafios do TPAC. Com a ajuda de ferramentas de treinamento auditivo e acompanhamento profissional, é possível melhorar a capacidade de processar os sons, facilitando o aprendizado de línguas estrangeiras e aumentando a autoestima e a confiança dos pacientes.